Num mundo empresarial cada vez mais complexo, líderes enfrentam desafios como incerteza, pressão por resultados e a necessidade de manter equipas motivadas. O executive coaching surge como uma resposta poderosa – mas será que é um investimento justificável ou apenas mais uma moda de liderança?
O lado positivo: um ROI que impressiona
Segundo um estudo da Metrix Global citado pela American University, o executive coaching oferece um retorno médio de 788 % sobre o investimento, tendo em conta fatores como aumento de produtividade e retenção de colaboradores .
Mais concretamente, o International Coaching Federation (ICF) indica aumentos de cerca de 70 % na performance individual, 50 % na performance de equipas e 48 % na performance organizacional — com impacto direto nas receitas, na retenção de talento e no fortalecimento da lealdade dos clientes .
Além disso, sem coaching, o aumento médio de produtividade situar-se-ia nos 22 %, ao passo que, com acompanhamento personalizado, atinge os 88 % . Estes números evidenciam que o coaching pode ser o catalisador que eleva o rendimento de forma significativa.
A outra perspectiva: custo ou desperdício?
No entanto, o artigo da The CEO Magazine, intitulado “Is executive coaching a waste of time and money?”, admite que face à pressão orçamental, se impõe o questionamento sobre o real valor do coaching. A autora Carylynn Larson responde com convicção: sim, o executive coaching funciona — e o ROI prova-o .
Destaca, por exemplo, que cerca de 90 % dos executivos relatam um retorno significativo do investimento no coaching. A lógica “talent × investment = strength”, da Gallup, reforça que o coaching contribui para transformar competências latentes em pontos fortes reais .
Adicionalmente, o coaching não promove apenas resultados operacionais: também reforça o bem‑estar mental dos líderes. Uma vez que um líder impacta fortemente a saúde mental da equipa — mais até do que terapeutas ou parceiros —, o coaching oferece suporte não clínico mas essencial, reduzindo o isolamento e o stress, especialmente entre os C‑levels .
Por fim, a autora frisa a importância de métricas reais: sem medir os impactos (em engagement, stress, comunicação, eficiência, entre outros), os investimentos em coaching não se sustentam. Relata ainda que feedback baseado em pontos fortes pode gerar até 12,5 % mais produtividade e 8,9 % mais rentabilidade nos negócios .
Conclusão
Sim, o executive coaching é um investimento que pode compensar — e com larga margem. Com ROI comprovado, benefícios tangíveis no desempenho e bem‑estar, e impacto duradouro nas organizações, trata‑se de uma ferramenta potente para quem deseja liderar de forma eficaz e humana.
No entanto, é essencial que esse investimento seja acompanhado de avaliação clara, comunicação transparente e uma abordagem centrada nas pessoas. Só assim o coaching deixa de ser visto como um “luxe” e passa a ser encarado como um motor estratégico de transformação — tanto individual como coletiva.